Na última quinta (10) Maria Stella de Azevedo Santos, mais conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UNEB em cerimônia realizada no teatro da Universidade.
O evento marcou o início de um ciclo de homenagens à Mãe Stella em comemoração aos seus 70 anos de iniciação ao Candomblé e contou com a presença não só da comunidade acadêmica como também de representações do governo, da prefeitura, do governo do estado, deputados, figuras importantes no meio religioso, de intelectuais baianos, representações de outras Universidades, além da imprensa.
O coral e o grupo de alabês do Ilê Axé Opó Afonjá (localizado no São Gonçalo do Retiro) também participaram da solenidade entoando cantos da cultura Yorubá em homenagem à Mãe Stella e aos antigos do Ilê.
Um diferencial dessa solenidade foi também a beca utilizada por Mãe Stella. A tradicional beca preta usada pelos homenageados foi trocada por uma de cor azul-turquesa, assim como a borla e a pelerine da homenageada. Azul - turquesa é a cor de Oxóssi – orixá a quem Mãe Stella é consagrada - nos candomblés de nação Ketu, tradição seguida no Ilê Axé Opó Afonjá.
Em todos os discursos a trajetória de Mãe Stella foi lembrada como um percurso de luta, superação e preservação da cultura trazida pelos negros africanos. Um bom exemplo disto foi a criação do Museu Ilê Ohun Lailai (Casa das Coisas Antigas) inaugurado em 1999, localizado no andar de baixo da Casa de Xangô do terreiro, onde se reúne a história do Axé e das Iyalorixás, através de peças de roupa e objetos de culto em exposição. Foi criada também no espaço do Opó Afonjá a Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos (nome dado em homenagem a Mãe Aninha, primeira Iyalorixá do terreiro), referência no ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira.
Foi a primeira vez que a UNEB concedeu esse título a uma mulher. O que faz deste acontecimento ainda mais importante. Uma mulher que apesar de ter freqüentado os bancos da academia (Mãe Stella é formada em Enfermagem pela UFBA e especialista em Saúde Pública) recebeu os ensinamentos dos seus mais velhos que diziam o quanto lhes era gratificante que os filhos tivessem anéis nos dedos e pés no chão para louvar os seus orixás.
Diz Mãe Stella, emocionada, após a concessão do título: “Quero que todos se sintam abençoados neste momento. Agradeço a cada um de vocês que veio participar dessa homenagem feita pra mim. Sinto-me bastante honrada com o título, que serve de incentivo para todos os jovens que desejam conhecer o candomblé e lutar pela igualdade racial”.
O evento marcou o início de um ciclo de homenagens à Mãe Stella em comemoração aos seus 70 anos de iniciação ao Candomblé e contou com a presença não só da comunidade acadêmica como também de representações do governo, da prefeitura, do governo do estado, deputados, figuras importantes no meio religioso, de intelectuais baianos, representações de outras Universidades, além da imprensa.
O coral e o grupo de alabês do Ilê Axé Opó Afonjá (localizado no São Gonçalo do Retiro) também participaram da solenidade entoando cantos da cultura Yorubá em homenagem à Mãe Stella e aos antigos do Ilê.
Um diferencial dessa solenidade foi também a beca utilizada por Mãe Stella. A tradicional beca preta usada pelos homenageados foi trocada por uma de cor azul-turquesa, assim como a borla e a pelerine da homenageada. Azul - turquesa é a cor de Oxóssi – orixá a quem Mãe Stella é consagrada - nos candomblés de nação Ketu, tradição seguida no Ilê Axé Opó Afonjá.
Em todos os discursos a trajetória de Mãe Stella foi lembrada como um percurso de luta, superação e preservação da cultura trazida pelos negros africanos. Um bom exemplo disto foi a criação do Museu Ilê Ohun Lailai (Casa das Coisas Antigas) inaugurado em 1999, localizado no andar de baixo da Casa de Xangô do terreiro, onde se reúne a história do Axé e das Iyalorixás, através de peças de roupa e objetos de culto em exposição. Foi criada também no espaço do Opó Afonjá a Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos (nome dado em homenagem a Mãe Aninha, primeira Iyalorixá do terreiro), referência no ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira.
Foi a primeira vez que a UNEB concedeu esse título a uma mulher. O que faz deste acontecimento ainda mais importante. Uma mulher que apesar de ter freqüentado os bancos da academia (Mãe Stella é formada em Enfermagem pela UFBA e especialista em Saúde Pública) recebeu os ensinamentos dos seus mais velhos que diziam o quanto lhes era gratificante que os filhos tivessem anéis nos dedos e pés no chão para louvar os seus orixás.
Diz Mãe Stella, emocionada, após a concessão do título: “Quero que todos se sintam abençoados neste momento. Agradeço a cada um de vocês que veio participar dessa homenagem feita pra mim. Sinto-me bastante honrada com o título, que serve de incentivo para todos os jovens que desejam conhecer o candomblé e lutar pela igualdade racial”.
Sua Benção, Doutora!
Foto: Agência A Tarde.
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