segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Ou você é viado ou você não é viado"


Como disse Maria Bethââânia: É igual a você não ser; as duas coisas são completamente idênticas; ou você é viado ou você não é viado; me deixe eu tenho é que viverrrrrrrr !!!
Eu fico intrigado com essas festas direcionadas, sabe assim: Aqui é lugar disso e ali é lugar daquilo. Essa coisa de levantar bandeira de uma sigla G, L, S, A, E, I, O, U e não param de surgir siglas, rótulos para as mais variadas manifestações humanas como se pudéssemos catalogar tudo; aí muda de GLBT pra LGBT e por ai vai. Existe um sentimento de afirmação, de fato, existe um investimento na segregação que tanto condenam. O que que é ? ham!? Eu não sei, é boate disso, beco daquilo, esquina de num sei o que; como se viado e sapatão ainda tivesse que se esconder, isso é muito antigo e muita gente lucra com esse esconde-esconde. Veja lá no youtube Betão falando e depois escute Um índio.

http://www.youtube.com/watch?v=4NXvXzpyHXg
Você ta me perguntando a minha opinião não é? A minha é essa?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O que história, Filosofia, Gramática e você têm em comum?*



Meu limitado conhecimento sobre a gramática normativa brasileira me gabarita afirmar apenas, sem espaço a equívocos, pouquíssimas coisas. Uma delas é que o verbo é quem dá ação ao sujeito. Esta breve e lógica conclusão me levou a questionar sobre que tipo de ação estamos tomando? Já que somos sujeito, verbo e predicado de nós mesmos.
Precisamos mudar! Só que o verbo MUDAR quando conjugado na primeira pessoa do singular (EU MUDO) penso que além de equivoco gramatical é um crime. Infelizmente é o mais utilizado atualmente por nós em nosso país; fomos e somos condicionados a nos calar, permanecer em silêncio e só emitir qualquer tipo de som para dizer: - sim senhor! O grande problema é que esta mordaça não é sentida por todos. Para senti - la é preciso ser chato, idiota, radical, arrogante, esquisito, libertino, reacionário, exibido, fugir dos inúmeros padrões pré – estabelecidos não se sabe lá por quem. E raríssimas pessoas se atrevem a isto.
As civilizações sempre foram formadas por grupos, facções, segmentos ou tendências que de alguma forma entravam em conflito pelo poder. No medievalismo, este, só era alcançado de forma digna através de títulos de nobreza ou pela força da espada. Com todo aparato tecnológico hoje existente, avançamos radicalmente. E grupos, ainda existentes, não mais se digladiam... Será? A história como conhecemos atualmente, foi, é (espero que isto um dia mude) contada por quem vence.
Em questões religiosas tudo, na maioria das vezes, de cunho satânico é associado a negros ou indígenas; ser bonito é ter cabelo liso, pele branca, macia. Se possível ter olhos claros, “corpinho sarado” e uma conta bancária com muitos dígitos... Tem de ser católico ou evangélico. Não envolver-se com política, espiritismo, islamismos ou candomblé! Será que nossa sociedade evoluiu realmente ou os “grupos elitistas” que venceram ao longo da história, apenas deram uma pincelada superficial de verniz em seus mecanismos de controle?
Usando a gramática como base, é preciso que o sujeito conjugue um verbo de forma diferente e saiba em seu predicado, fazer de si algo melhor. O mundo precisa de mais idiotas, chatos, revolucionários, loucos, estranhos e hereges. Por que serão homens/mulheres com estes honrosos títulos que reinventarão o modo de pensar de nossa época e tirarão nossa civilização desta inércia existencial, consolidando uma evolução ANTROPOCÊNTRICA, onde o homem está no centro sim, mas não seja encarado como mais importante que o cosmo.


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*Texto premiado no 1° Encontro de Estudantes
de Camaçari ocorrido em Março de 2008

domingo, 21 de junho de 2009

Teve Gil de “graça” no Pelourinho

Num teve nada de graça quem paga essa festa toda somos nós, a cerveja iscol e outros patrocinadores.
Por nada, o que é isso, disponha.

No palco principal, montado no Terreiro de Jesus, além de Gilberto Gil teve a banda Cegueira de Nó e o Adelmário Coelho que celebrou seus 15 anos de carreira junina. Mas o negócio tava pegando fogo mesmo foi na Praça Tereza batista; eu não tenho mais joelho, tornozelo, fígado e tem um corte no meu pé que eu não lembro como foi feito.
O São João do Pelô ta legal, não tenham medo do Pelourinho, o ambiente está bem bacana, eu não vi violência, a polícia está bem delicada e, só pra lembrar, não levem garrafas de licor; a polícia esta instruída a confiscar a garrafa, mas fiquem tranquilos que ela só leva a garrafa.
Não deu pra falar com o Gil, meu ídolo, mas de boa fica pra próxima, qualquer coisa é a mesma coisa.
Relaxemos e Viva São João! Viva!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

E no caminho de casa...


Quino

Fermentação

Para meu amigo Thiago Lucas.



"A fermentação e a civilização são inseparáveis".

John Ciardi, poeta americano.


"Difícil levar a vida à seco.

Seja seco, seja tinto seja branco.

Difícil levar a vida tonto.

Tonto de vontade de me inebriar com outro tanto.''

Rafael Vilanova, poeta cipoense.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Não provoque É Cor de Rosa Choque

Senta que lá vem asneira.

Claudia ganhou um Fuscaaaa!!! Rosa e com os bancos forrados de zebrinha ou será oncinha? Queria tanto ganhar um fusca! Melhor uma Kombi! Ai eu iria fazendo transporte clandestino até chegar em casa.
Mas eu adoro pegar ônibus! Quem não gosta? Gosto de estar quase chegando ao ponto e ver o meu Est. Mushroomga 1062 saindo devagarzinho sem que eu nada possa fazer; o trânsito não me permite atravessar a rua e pegar o “carro”. Maravilha!!! Ai eu sei que tenho tempo de sobra, uns 55 minutos até passar outro, pra ficar de pé na calçada ao som de carburadores, motos envenenadas, fundões musicais de ônibus e os sticks; aquele som de ti produzido com a língua no céu da boca que representa, entre outras coisas, saco cheio, tédio e discordância, vocês devem estar fazendo isso agora ao ler esse texto babaca.

Salvador é a cidade campeã em malucos de rua e eles sempre se encostam e iniciam um diálogo comigo. Ai eu dou papo aos malucos, aos evangélicos surtados, as velhinhas que acham tudo um absurdo, ao menino do amendoim, entre outras entidades. Isso faz com que o tempo passe, mas eu acho que ônibus é algo que transcende as barreiras do tempo e do espaço. Hoje foi foda, eu fiquei quase uma hora ou mais, já estava até zonzo, eu lia Est. Mushroomga 1062 no letreiro do “Sussuara” subia, estranhava tudo e comunicava o erro ao cobrador que automaticamente bate sua moedinha no ferro do ônibus (isso é um código secreto entre o cobrador e o motorista que quer dizer: Abre aê motô que esse idiota pegou o carro errado).
Chegou o ônibus certo, eu calculo a velocidade, a massa, adiciono a inércia, fico naquele rebolado pra lá e pra cá, e o ônibus para com a porta de entrada exatamente na minha frente, que felicidade, que felicidade! A alegria é tanta que eu entro na escadinha, passo na roleta e esqueço de colocar o cartão mágico naquela maldita caixinha, e ai? e ai dá em merda o povo passa e senta nos últimos lugares vagos, que inferno!!!
Que maravilha!!! Graças a Deus!!! Não é maravilhoso saber que tem algo te conduzindo ao seu destino e que você não tem que fazer nada, só ficar sentado olhando a rua pela janela e sentindo o vento no rosto, isso não é maravilhoso? Essa é a melhor forma de representar a vida.



Próximo capitulo: A viagem.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Preciso de um amor, Urgente!

Preciso de um amor que me “sustente”, que me acaricie e me complemente.
Minha necessidade é urgente, é gritante, é explícita, é constante.
Em meio ao trânsito, em meio aos compromissos, em meio à corrida pelo “capital arisco”, exijo um amor que me ouça, que me aconselhe e depois faça amor comigo.
Sou um ser romântico, sou uma pessoa que ainda espera a realização de fantasias, mas tenho certeza que um amor não é só para ceder, é imprescindível dar, escutar e acolher.
Sei que é fato: um amor não é para dar felicidade e sim para dividirmos as nossas felicidades, não existe cara - metade nem alma gêmea, existem indivíduos inteiros que se associam em consideração, amor e respeito.
Preciso de um amor, Urgente! Mas antes de tudo preciso me encontrar, me conhecer e ser a minha própria felicidade.

Feliz Mês dos Apaixonados!

Fixação

Quero você
Seu corpo
Seu cheiro
Seus olhos
Sua boca

Seu abraço
Sua voz
Seu sussurro
Seu gemido

Sua alma
Seu sentimento
Sua emoção
Sua mente
Sua essência

Quero você
Mesmo que
Meu desejo
Não se concretize

Quero você mesmo
Que seja
Só por querer.

Uma Flor

Quero te dar
Uma Flor
Que torne mais
Suave sua vida

Quero te tocar
Como uma Flor
E ser o perfume
Que sai do seu corpo

Quero como uma flor
Ser a beleza apreciada
Pelos seus olhos

Quero ser a causa do
Sorriso dos
Seus lábios.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Bem-Vindo Velho

Sempre falta alguma coisa
Aquela coisa sempre igual
Que seja de novo,
Que a gente quer que seja como foi, se não, Não ta legal, não ta do agrado, num prexxxta
Em fim, é foda.
Estar perto se tiver perto
Se eu admiro colo logo
Vejo, invejo, tenho ciúme, gosto
Me apaixono, busco, amo,
Morro do coração
No fim, é foda.

O preto em branco



No reflexo de luz que incide em minha pele negra,
Está o registro da soma de dor sofrida pelos justos que me precederam.
Fomos arrancados do nosso seio pátrio, abortados de nossos reinos, obrigados a ser um subproduto de mão-de-obra escrava.

Roubaram nossa beleza...

Disseram-nos que narizes largos, adequados as nossas caixas toráxicas, SÃO FEIOS. Impuseram que nossos cabelos são sem vida. Tentaram e tentam europeizar nossa beleza. Falaram que somos comparáveis aos simiescos. NOS TRATAM ASSIM. O pior é que aceitamos!

O controle está em nossas mãos...

Assim como o remoto desejo de transformar a nossa vida, e a daqueles que estão à nossa volta.
Somos parte desta programação, criada pra nos entreter e nos transformar em meras peças de um joguete consumista;
Embora nossa vista tenha sido guiada ao exercício mecânico, de que a idéia do que é correto... Cabe em algumas polegadas.

Levaram a força de nossa juventude...

Feriram-nos a identidade e a alma. Mas ainda assim, lutamos contra este sistema escravocrata-ideológico. Nosso passado ainda que jogados em becos, encurralado em vielas, pulsa e aguça a busca pela nossa historia, que as emissoras insistem em tentar enterrar.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Isso não é mais um informe...É o desabafo de uma Futura - RP apaixonada

Eu tive muitas dúvidas sobre um tema legal pra minha primeira postagem aqui no blog, em grande parte porque não queria que este blog fosse 'mais do mesmo'(aprendi com Suênio,rs), uma ferramenta de comunicação unilateral onde uns escrevem outros lêem 'fimdepapo'. Pensei em mil maneiras de estimular os nossos leitores a se sentirem a vontade em comentar, contestar, criticar... Nenhuma delas me pareceu eficaz o suficiente, vou dizer o porque: como falar algo para alguém que não conhecemos e/ou sabemos o que esperar? Será que minha intervenção vai parecer ridícula? Será que vou ser 'ouvido'?... Enfim, a desconfiança natural daquele que lê e não é próximo daquele que escreve é algo que não seria possível ser solucionado tão facilmente.
Depois de muito queimar minha 'mufa' decidi escrever sobre mim e o resto da turma do terceiro semestre, mesmo sendo apenas um ponto de vista, talvez ajude a quem tá 'de fora' conhecer um pouco e quem sabe até sentir - se um pouco mais tranquilo para vir aqui e xingar um de nós por falarmos alguma bobagem (isso se aplica a mim totalmente, afinal vou falar de todo mundo, e prometo não guardar rancor).
Pra começo de conversa eu não queria muito estar na UNEB nem no curso de RP, era apenas uma segunda opção. Acabei entrando e qual não foi minha surpresa ao me dar conta do quanto Relações Públicas tinha a ver comigo, mesmo eu não sendo das pessoas mais comunicativas do mundo (principalmente quando não sei o que pode vir do lado de quem ouve :P), eu gosto de estar perto das pessoas, entendê - las e se possível solucionar problemas que por ventura apareçam no caminho.
Daí o primeiro semestre foi passando... Minha sala tinha muitos conflitos de opiniões, personalidades e egos. Muitas vezes me sentia aborrecida com certas discussões aparentemente sem nexo que beiravam uma briga de verdade, mas ainda assim eram tantas coisas a ver, aprender, absorver e admirar que a irritação não durava muito. Percebi aos poucos que essa era a parte mais bonita em cada um dos coleguinhas, todos são capazes de defender algo apaixonadamente e essa paixão estava sendo canalizada para o curso.
Foi difícil a adaptação ao tamanho da turma com tanta gente diferente, e eu passei a duvidar que um dia tantas cabeças juntas(todas com algo de genial, sem corujice), poderiam olhar na mesma direção, ainda que todos estivessem a essa altura gostando realmente de RP.
Um dia, um belo dia a união da sala foi posta à prova(estávamos tentando elaborar um projeto de calourada que foi fervorosamente defendido com unanimidade pela turma de 2008, porém não passou pelos demais semestres) e de repente ficou claro que acima de nossas diferenças individuais havia e há um desejo de fazer o melhor ao nosso alcance e de projetar isso JUNTOS tornando a caminhada um pouco mais fácil.
A partir daí vieram muitas conquistas, a exemplo de termos trazido um professor bastante 'bem visto' na comunidade Unebiana para o curso de Comunicação. Foi necessária muita união e força de vontade pra ficar correndo atrás disso no nosso curto recesso, um esforço recompensado e de frutos, além de simplesmente fazer a matéria, ainda por serem colhidos.
Não digo que tudo são flores, cada membro da sala tem seu defeito, isso é inegável. Eu mesma tenho um montão deles, que o diga a galera que estava articulando o lançamento do Blog, mas o prevalece uma integridade de caráter e bom senso associadas a uma gana por conhecimento e melhor: usá - lo para aperfeiçoar o que pode ser e conquistar o que for possível para o TODO, extrapolando os murinhos da Sala 10 porque seria pouco, sem mencionar egoísta que nossos esforços se restringissem tanto. Não há intenções obscuras... Queremos é que o potencial de nosso curso seja valorizado e reconhecido.
No fim o que tentei deixar claro em de toda essa história que escrevi é que teremos roupa suja sim porque ninguém precisa vestir roupa de cordeiro e dizer amém à opinião de quem quer que seja (por isso minha preocupação que vocês façam intervenções por aqui, nos corredores, por email, sinal de fumaça...), mas essa roupa suja será lavada em 'casa', passo a passo, entrando em consenso, para que possamos constituir uma UNIDADE enquanto curso, gritando em uníssono, sendo fortes e capazes que conquistar o que pode agora parecer inimaginável.

Tenho dito e espero repercutir - mesmo que negativamente =)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Quanto vale um (a) Calouro (a)?




Depende do ponto de vista de quem observa. Eu prefiro a linha que preza pelo respeito a particularidade de cada um. Já dizia o dito popular “cada cabeça um mundo”. De fato os calouros ainda não conhecem as estruturas burocráticas, filosóficas, ideológicas etc da universidade; talvez não tenham tempo de saber de todas elas, mesmo quando chegarem a o fim do último semestre. Mas afirmar isto não significa dizer que por conta desta “inexperiência” eles devam seguir cegamente, qualquer que seja, o veterano. Afinal a veteraneidade não tem nada haver com o tempo de universidade que se tem, mas sim com a qualidade teórico - pratica das experiências do individuo ANTES e durante a universidade. Mas como julgar isto? Pela repercussão das conseqüências dos seus atos para a coletividade. Valorar as diversas experiências, sejam elas em qualquer campo da vida, baseado na prepotente certeza de que “contam” ou não para o movimento estudantil ou coisas afins, é um enorme equivoco.

Eu, enquanto estudante de Comunicação Social, não concordo com as cores que estão tentando nos pintar nos bastidores. Não sou um separatista, fazedor de picuinhas, perseguidor ou como dizem alguns apocalípticos... Um dos Futuros responsáveis pelo fim da participação da UNEB no movimento estudantil de comunicação. Aceitaria estes desonrosos títulos, se não suspeitasse que na base deles o que se encontra é, uma tentativa de adivinhação do futuro, regada à pitadas de um receio infantil. Uma pequena olhada para o passado histórico-social do Brasil encontra diversos exemplos, feitos por uma “elite”, na tentativa de projetar o futuro da realidade social. Mas todas elas se mostraram ineficazes. É lógico que não estou insinuando que as críticas devam deixar de ser feitas, elas são necessárias e TODOS, repito... TODOS têm o direito demonstrar suas discordâncias e inquietações sejam elas quais forem! Mas o manual da convivência em grupo pede que isso seja feito com responsabilidade e bom senso, que acredito não ser o caso.

Não “sou o caminho, a verdade e a vida” o que proponho é que este caminho seja repensado de forma coletiva, respeitando as verdades de cada um e colocando em prática aquelas que demonstram trazer maiores benesses aos estudantes do nosso curso. E sobre tudo vivenciar a possibilidade de exercer meu direito de escolha enquanto estudante. E isto ninguém pode me tirar, salvo engano o DOPS!