quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Castidade: Capítulo 3

Tentei realmente fugir da aparência do demônio, mas ele me perseguiu até a Igreja, mas por incrível que pareça através das decepções e desapontamentos que sofri cedendo as “tentações” constatei definitivamente que as aparências enganam, e como!


* * *

Certa manhã de Domingo, após a missa o padre José Bento me chamou para uma conversa em particular:

__ Como é que vai Aurélio?
__ Vou bem padre, mas qual é realmente o assunto da conversa?
__ Calma filho, não é nada para se preocupar, pelo menos não muito.
__ Que bom padre! Mas mesmo assim não posso demorar, tenho um almoço de recepção em casa, minha tia chegou ontem de uma longa viagem pela África meridional e nós preparamos uma singela comemoração para ela.
__ Tá filho vou adiantar o assunto; àquele seu vizinho vai participar da obra de restauração do altar e das imagens de toda a paróquia, na realidade ele é o melhor restaurador do país e como nossa Igreja é secular nós o convocamos e estamos como comunidade cristã pagando todas as despesas dele aqui em nossa cidade, confesso que tive vontade de lhe comunicar antes, mas só agora senti em você a segurança necessária para tal. Ah! Ele se chama Adalberto Silva.


Esta notícia me fez ficar por de mais aflito, será que cederia às tentações? Será que jogaria no lixo meses de esforço, dedicação e renúncia? Deus haveria de me ajudar!

* * *
As obras de restauração começaram, admito que foi penoso ver tal homem, negro, forte e misterioso todas as semanas e não poder me deleitar em seus braços, mas próximo da intensificação das obras a Igreja teve que suspender as suas atividades e as missas e reuniões passaram a ocorrerem no Clube dos Católicos Apostólicos Romanos.

* * *

Era um Sábado de tarde, fazia um calor escaldante mesmo com o céu acinzentado, a reunião de oração e ensaio dos coroinhas tinha acabado de encerrar e eu caminhava apressadamente para casa, porém de repente começou a chover e como a porta da paróquia estava aberta, o que me pareceu muito estranho, eu entrei correndo e caminhei até o confessionário e lá me sentei.
Depois de dez minutos de chuva, já estava mais que impaciente, comecei a andar por toda a paróquia que aparentemente estava vazia, quando percebi que a porta do porão estava encostada e que um barulho vinha lá de baixo. Desci lenta e silenciosamente as escadas e quando mais me aproximava, mais o barulho se tornava audível, não pude acreditar no que os meus ouvidos e olhos me mostraram: o padre José Bento transando com o negro! Com o Adalberto!

Continua...

Texto de Romilson Soares

"O Rei da Selva"

Vivemos em uma sociedade dominada pelo símbolo e poder do homem, mas não basta ser homem, tem que ser branco, ainda assim não basta, tem que ser heterossexual.
Este "homem", reina, manda e desmanda através de suas leis jurídicas, econômicas e religiosas. Assim ele subjuga outros seres humanos, mas que não correspondem ou não cabem em seu seleto “clube do bolinha” , a saber mulheres, negros/outras etnias e acima de tudo homossexuais(masculinos e femininos).
Ao homem__ branco e heterossexual­­___"tudo é permitido”, coisas como ter mais de uma mulher, excluir negros e demais etnias e espancar quando não matar homossexuais. "Ele" geralmente recebe um salário maior, ocupa os cargos de direção e está exercendo o sacerdócio nas religiões, em especial as judaico-cristãs e/ou patriarcais.
Quanto aos homossexuais, “coitados”, estes são a poeira da pirâmide cujo topo é ocupado pelo macho, ariano e explorador.
Viados, bichas, bobos da corte, 24, afeminados, boiolas, gueguelas, mãos quebradas, dalilas, sapatonas, 44, sabão, fazedoras de espuma, pé grande, aberrações, abominações, tudo, menos seres humanos dotados de sentimentos, emoções, amor, ódio, rancor, mágoas, verdades, mentiras, falsidades, sinceridade, cheios de valores, virtudes e defeitos como qualquer outro.
Muito engraçado como em pleno o século XXI, depois do movimento feminista, do movimento negro, do movimento gay, etc. depois de descobertas científicas que lançaram por terra a supremacia teórica e religiosa do “macho”, ele continue a reinar sob a máscara do pseudo-respeito e da pseudo-tolerância, sob a maquiagem secular dos direitos iguais.
Interessante como este mesmo homem, branco e supostamente heterossexual, defensor do cristianismo, da família e dos bons costumes, às escondidas use drogas ilegais, abuse sexualmente de crianças e de seus próprios filhos, estupre sua esposa e suas amantes, transe com gays e depois acabe com a integridade moral, física e não poucas vezes com a vida deles.
Mas todo ato do “rei da selva” é “aceito” e defendido, pois ele tem a seu favor as leis, a economia, a religião, o "poder absoluto" (corporativismo masculino).
É difícil ver força, coragem,liderança, virtudes, etc. em um ser tão fraco e inseguro como o “super macho”, estilo europeu (ou não), que para não se denunciar e se manter no poder, humilha, maltrata e elimina aquele que lhe parece ameaçador e diferente .
Em pleno ano de 2009, tal reinado e tamanha opressão contra homossexuais (masculinos e femininos), negros / outras etnias, mulheres e crianças não pode se perpetuar. Basta! É hora de luta! É hora de discussão! É hora de esclarecimento! É hora de respeito! É hora de denúncia! É hora de novas conquistas!




Por Romilson Bahia Soares

depois da pueta bate o remorso. por isso eu prefiro buceta

a frase do título não é minha, mas bem que podia ser. não é bom sentir remorso.

achei esse texto no perfil de um cara no orkut a algum tempo atras. acho que uns dois anos.achei muito legal e guardei. hoje encontrei por acaso e coloquei aqui. o nome do cara era augusto. espero que não me processe e queira arrancar todo o meu dinheiro. acho que não é a dele, mas se for que seja. eu sempre achei sacana esse negócio de direito autoral mesmo. mas isso é outra história. eu prefiro reler o texto.

depois da pueta bate o remorso. por isso eu prefiro buceta. gosto de abraçar depois, carinho e tal. gosto de amar os amigos, sem tê-los perto. Amigos são chatos.sinto falta da Carina Xavier. Assistia Caverna do Dragão e prefiro n acreditar nesse boato de que Uni era o satanás...Coitadinha, (isso é intriga de evangélico só por causa do chifre, aposto).acho o imaginário feminino o maior destruidor de relacionamentos promissores.Acredito q nem as crianças, e sei menos q elas. Gosto de dar risadas até doer a barriga e não consegui respirar maisTinha deixado de chorar aos vinte e dois mais ou menos, mas aí quase aos vinte e cinco porradas e porradas, socos e ponta-pés, abriram a represa dos meus olhos...hemoragia de lagrimas...mas sem drama q de novela quem entende é a globo. sou todo amorológico, sentimental anti-sentimentalista...gosto de putas, só na cama...mulher vulgar, só dos outros...(preciso tomar Floral de Bach), um tal remédio contra o preconceito...kkkÉ sério.No mais, menos, noves fora nada... “viver é muito perigoso”Ahhhh!!! Aquela musiquinha do Senna... porra ... sei q é piegas mas n resisto.Torço pro Bahia mas não espalha não. Na moral. A fora isso. Prefiro Romário.Gosto de fazer o q gosto. Fonte nova Cheia, sorvete, abraço, viagem, sacanagem..éti cetéraQuando a questão é: Valor ou valores. Eu fico sempre com os valores. ou amor e amores ai eu mudo vou pro singular... prefiro um só até acabar...mas um dia eu morro antes de acabar e ai será meu amor eterno...(casa família e filhos, quero) + nada quero tanto q me importe em não ter.“a alegria é a prova dos nove” a solidão me faz companhia. Gosto que a vida não se repita. Mas gosto do que gostei. Sou sem rancor...Guardo só o que me fez bem...Gosto da Noite...sol é para Branquelos...odeio sol.Dar risada sozinho de tudo e de nada, da própria desgraça é o meu remédio...Tenho terror ao tédio... Consigo curtir Calipso, vê Big Brother, etc..só nunca me acostumei com a Xuxa...Antipatia de pequeno, culpa do meu pai. (ele contava do filme pornô dela e falava mal da bixinha)Minha mãe é uma presença atmosférica. Ar e hálito, abraço dos espaços..Gosto de surpresas, improviso, odeio intelectual... gente que pensa q pensa e não vive...Eca eca eca eca.... intelectual é nogento catarro, escremento, eca eca....Livros, gosto muito, mas nunca os consigo ler.... mas vê-los na estante já me alegra...( “...os livros são objetos transcendentes mais podemos amá-los do amor tactil que voltamos aos maços de cigarro”) Nunca mais bati o bába... andar na chuva (chuva forte) é das coisas q mais gosto...Sou bobo...mesmo, piegas, cheios de tiques de menino menino, ... risadas sem piadas,timidez e coisas assim...Gosto – da paixão q do amor. + a paixão é vital. dentro de dentro. do amor.Teorias amorologicas; no mais menos noves fora nada...Gosto de poemas. N tanto qt parece. + gosto. são. JORGE!!!

sábado, 15 de agosto de 2009

Câmera Ação


Texto retirado do site Minha Vida:


Imagine ser o centro das atenções. Ser ouvida por todos e receber aplausos e elogios por todo o dia. Sugere algo muito agradável, não é mesmo? Agora pense em uma vida em que você não pode expressar seus reais sentimentos e precise representar um papel 24horas por dia. Não parece uma sensação nada agradável, não é? Foi pensando nesse conflito de sentimentos que alguns artistas plásticos propagam um movimento ao redor do mundo em que passam despercebidos aos olhos do público em fotografias. Com pinturas no corpo, eles se camuflam diante das câmeras e ficam "invisíveis". A ideia é levantar a bola de que ser mais um na multidão é tão legal, ou até melhor, do que ser uma pessoa famosa, que vive no foco dos holofotes. "Diferente do que as pessoas acreditam, o anonimato sugere uma vida mais tranquila e recheada de benefícios do que quando há o reconhecimento público. Ser o foco das atenções pode ser penoso e complicado para muitas pessoas", explica o psicoterapeuta Chris Allmeida. De acordo com o especialista, não são apenas os artistas que sofrem com esse problema. "Ser o mais reconhecido no emprego, na turma, no dia a dia, enfim, quando somos o centro das atenções, podemos gerar conflitos de personalidade e até mesmo desenvolver um quadro de depressão, já que entram em conflito aquilo que as pessoas pensam de nós e o nosso autoconhecimento", diz.Porque queremos ser o centro das atençõesClaro, todos nós queremos ter o talento reconhecido ou simplesmente ser admirado pelos colegas ou pela família. Mas, quando esse desejo passa dos limites e ser o centro das atenções vira praticamente uma regra, pode significar sinal vermelho. "Pessoas que desejam aparecer o tempo todo, sinalizam problemas sérios de autoestima . Quando não nos sentimos bem com nós mesmos, queremos, a todo custo, mostrar os valores que temos, mesmo sem acreditar que eles existam." Representar um papel O grande problema de ser a estrela de um ambiente é quando você não está sendo verdadeiro. "Existem pessoas que são reconhecidas pelo jeito sempre espirituoso, por exemplo, mas na realidade, no interior, elas não são tão bem-humoradas assim, então, para não perderem o valor, precisam representar uma coisa que elas não são", explica. Dessa forma, os problemas aparecem, porque a pessoa percebe que não é reconhecida pelos seus valores reais. "O que adianta gostarem do seu lado engraçado se, na verdade, você não é assim. No fim, você acaba percebendo que não gostam de você, mas do papel que representa", diz.Imagem social x autoimagem O psicoterapeuta explica que existem dois tipos de egos: a imagem social e a autoimagem. Mas quando eles entram em conflito, os problemas aparecem. A primeira é o que as pessoas acham de nós, já a segunda é a análise que fazemos de nossos sentimentos e de nossas atitudes. "Viver em conflito com esses sentimentos é uma situação complicada, já que vemos que as pessoas nos admiram e nos atribuem valores que sabemos que são falsos. É como um jogo de mentiras". Para acabar com esse dilema, o ideal é se empenhar em mostrar quem você realmente é. Assumir quais são os seus reais valores e acabar com a representação é o primeiro passo. "É importante fazer tudo isso sem ter medo de perder o reconhecimento e a admiração", alerta o especialista. Anônimo e feliz Mas, será que ser invisível aos olhos das pessoas a sua volta realmente pode ser gratificante. "Uma pessoa que não é o centro das atenções, não precisa focar no comportamento ou na aparência o dia inteiro, por exemplo. O direto de ir e vir, de se comportar do jeito que gosta, de vestir a roupa predileta, enfim, são simples atitudes do dia a dia que podem ser realizadas de uma forma natural, sem se preocupar com a sua imagem e com que as pessoas vão falar. A vida fica mais leve".

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Se

Se eu amasse uma mulher, um dia, com certeza seria ela.
E eu amaria todos os dias aqueles seus olhos castanhos, puro mistério e beleza, onde moram todos os segredos que em vão eu fingiria tentar desvendar. Alisaria todas as manhãs aqueles cheirosos cabelos escuros, para durante o dia, sozinho e pensativo poder me lembrar deles, sentir saudade e vontade de toma-los novamente. Seria pra ela que eu voltaria, cansado, todos os dias para casa. Seria a ela que eu ninaria todas as noites. Por ela faria tudo.
Se um dia eu tivesse de amar, entre tantas outras mulheres, uma mulher, com certeza seria ela. Pra guardar o gosto daqueles lábios sorridentes e doces. Pra sonhar com eles, pra ouvi-los, tê-los, senti-los. E então saber que neles moram toda a magia e felicidade que um dia imaginei achar. Por ela, tudo seria possível.
Se um dia, neste mundo, houvesse eu de me casar com uma mulher, seria a ela que eu escolheria. Para a noite enlaçado em seus braços, sonhar os mais doces sonhos e viver o paraíso que na terra jamais pensei encontrar. Por ela viraria do avesso, mudaria, deixaria até de ser quem eu sou. Por ela, eu perderia a cabeça, contaria as horas, enlouqueceria.
Se um dia eu amasse uma mulher, teria de ser ela.
Por ela eu largaria a razão e o juízo. Pois para estar com ela eu atravessaria o mundo. Seria eu outro homem.
E para estar com ela, seria pouco.

domingo, 9 de agosto de 2009

Toca Aqui ... OPS! HÊ! Ah!


Vejam esse video até o final e percebam a “certa dificuldade” que teve a Elis Regina para cumprimentar a Gal.


Tava Lokaaaaaaaaaaaaa ... a música é linda ...

Os “pitis” de Maria Bethania


Confiram os “pitis” de Maria Bethania ... Muito bom adoro isso ráh!
Muita antena e ninguém antenado
http://www.youtube.com/watch?v=TOPZOOBULzA&feature=related
Ou você é viado ou você não é viado
http://www.youtube.com/watch?v=4NXvXzpyHXg
O som falhou 1
http://www.youtube.com/watch?v=9wqWDul_xvo&feature=related
O som falhou 2 (também não é assim ...)
http://www.youtube.com/watch?v=drhmMwG0XtQ&feature=related
Bananeira
http://www.youtube.com/watch?v=50Rnu0jOiTY
Me aguardandooooooooooo
http://www.youtube.com/watch?v=U_FN4AhV9-A
Quem estiver bebendo bebe um pouquinho menos ... http://www.youtube.com/watch?v=TOPZOOBULzA&feature=PlayList&p=6B0A67CEB21A0E78&index=91&playnext=2&playnext_from=PL

sábado, 8 de agosto de 2009

poema em linha reta

trocando uma ideia com nossa caríssima querida colega amiga daniela, relembro meus bons velhos idos tempos de estudante de filosofia, onde bebiamos na fonte de célebres filósofos, recitávamos longuiiiisimos poemas, entornávamos ainda mais longuíiiiiissimas garrafas de vinho e falávamos bobagens por longo tempo nos fins de tarde no barbalho.
relembro principalmente um cara muito louco, com um bigode maior que o do indiano da novela das oito, e com o nome maior ainda, mas que só se pronuncia nit (nietsche, acho que é assim que escreve).
lembrança que vem a minha mente pelo que esse cara chamava de conhecimento trágico e que nossa amiga parece entender muito bem, pois não se esquiva de por o dedo bem fundo na ferida.
pondo o dedo da ferida relembrei tambem de um poema de um cara nietschianoplatônico. vcs já devem ter lido "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena" ou "navegar é preciso", essas coisas bonitinhas. mas o trágico é urgente! então pessoa na pessoa:

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachadoPara fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Frases de Cotidiano

Idéia de Eneas Andrade

A única coisa que muda se você fica impotente por causa do fumo é que, ao invés de "dar uma" e fumar um cigarro, você só fuma o cigarro...

Você perde o prazer do tabaco, mas não perde o prazer do tabaco.
Desculpem a vulgaridade.

Ofícios Fraternos

Para meu irmão



Na morte de Abel, no berço de Caliban,
Irmão de Ariel, e na mordida da maçã
Eis que nasce a desgraça
Que de Caim se fez irmã

Não me parece sensato
Do pretérito ao moderno
Se estender no relato
Da história do fraterno

Só nos cabe dizer
O quanto nos é difícil
A manutenção da irmandade
Quando nela invade o ofício

A regra não me exclui
E pra mim faz mui sentido:
O irmão se torna sócio
E sufoca-se o amigo

E neste poemeto livre
Ao estilo de Gregório
Num acontecimento hipotético
Que parece até simplório:

Temo por um dia, que rezo pra que nunca chegue
Onde vires para mim, julgando pedir humildemente:
-Irmão meu, me faça este serviço urgente!
E eu, já cansado, respondo:
-Desculpe, meu caro, acabou o expediente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

sobre cinema

Sendo realizado há cinco anos em Salvador, o Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual termina sua quinta edição com sucesso, merecendo ser aplaudido de pé; não por ter sido perfeito em todos os aspectos, mas por de fato ter se tornado uma referência para a Bahia no que diz respeito a cinematografia, rompendo com a ideia de que aqui nada dá certo.
Realizado na semana de 27 de Julho a 1 de Agosto, o evento teve como objetivo a realização da Mostra Retrospectiva Godard, Mesas Redondas com a participação de realizadores e teóricos não só do Brasil, mas do mundo todo, Mostra Internacional, Mostra Competitiva de Curtas metragem, Mostra dos Curtas da Academia Europeia de Cinema e um Lounge Multimídia localizado no foyer do Teatro Castro Alves.


À Bout de Souffle (Acossado), 1959, Jean- Luc Godard

Saindo um pouco da parte descritiva (que por sinal pode ser encontrada no site* do evento), e partindo para as críticas e comentários do que aconteceu durante esses seis dias, o que eu tenho a dizer é que o Seminário não deixou a desejar em nenhum aspecto e cumpriu com eficiência tudo o que foi apresentado como objetivo. As falhas que porventura vieram a interferir em algum momento foram se não pouco relevantes, menos importantes do que tudo de bonito e positivo que aconteceu ao redor do evento.
Sendo talvez o que mais chamou a atenção dos participantes desta edição, a Mostra Retrospectiva Godard tinha como objetivo fazer um breve passeio pela filmografia do cineasta Jean-Luc Godard, principal referência do movimento artístico Nouvelle Vague, que visava quebrar com os modelos narrativos que vinham sendo construídos até a década de 60.
Da extensa obra do autor foram passados 15 filmes (de fato um número ínfimo levando em conta toda sua filmografia), com a proposta de 12 deles serem rodados em 35mm (uma raridade e imenso privilégio para quem vive na era digital), 2 em 16mm e um em formato digital.
Infelizmente, dos 12 filmes a serem rodados em 35mm, um deles, Nouvelle Vague, de 1998, teve sua exibição interrompida faltando menos de 20 minutos para o filme terminar: a fita, muito velha, acabou partindo e deixando os espectadores curiosos e um pouco chateados com o ocorrido. Bobagem, era um filme antigo sendo rodado em 35mm, erro previsto.
Ainda na casa das falhas técnicas, um problema provavelmente parecido com o citado anteriormente ocorreu no dia da exibição de À Bout de Souffle (Acossado), primeiro longa metragem de Godard, produzido em 1959, e para muitos um dos filmes mais esperados da retrospectiva. Não sei por que, mas o filme foi rodado em formato digital, em um desses DVD's que a gente pode adquirir em qualquer livraria, sendo que a proposta era exibí-lo em 16mm. Foram ouvidas algumas vaias, gritinhos e muxoxos até o filme finalmente começar a ser exibido e o silêncio preencher a sala. Novamente tudo nos conformes, o problema desapareceu em meio as cenas protagonizadas por Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo.
Saindo um pouco do universo Godard e partindo para as outras propostas do Seminário, chego agora nas Mesas Redondas que aconteciam na sala principal do Teatro Castro Alves. Sobre elas o que tenho a dizer é que foram todas muito bem ministradas e intermediadas. Os temas escolhidos (entre eles "O futuro do cinema" e "O oriente cinematográfico") se fizeram pertinentes e suficientemente interessantes para levantar algumas questões e aprofundar os conhecimentos sobre o cinema e tudo aquilo que a ele está ligado.
Sobre esse ponto específico me sinto quase que obrigada (por mim mesma, é verdade) a citar a brilhante participação do professor Monclar Valverde na mesa "Quando o cinema é arte". Entre outras coisas, ele discorreu sobre o papel simbólico do cinema e a importância da recepção no processo de produção - (vide aulas de Teorias da Comunicação).
Ainda sobre a realização das palestras, tenho uma última coisa a dizer, e já que comentei sobre as falhas durante a Retrospectiva Godard, não posso deixar de fora o que talvez tenha sido o problema mais chato para os participantes do Seminário: a falta de organização e fiscalização durante a passagem das listas para comprovar presença e possibilitar posterior retirada do certificado. Não havia qualquer tipo de critério (se havia não era cumprido), as pessoas passavam a lista da forma que queriam, se queriam, para quem queriam e ela rapidamente parava de circular pela sala, deixando quem ainda não havia assinado a ver navios. Resumindo: assim como o ano passado, muita gente vai ficar novamente sem o certificado.
Fora o que já foi citado, no que diz respeito a pequenas falhas técnicas, só ficou de fora o problema com os curtas da Academia Europeia, já que alguns dos filmes que estavam no guia de programação de fato não foram exibidos.
Sobre as intervenções que ocorriam no foyer do Castro Alves, a Mostra Competitiva de Curtas e a Mostra Internacional creio que não tenha ocorrido qualquer tipo de ruído relevante, pelo menos até onde sei.

Pierrot Le Fou (Demônio das onze horas), 1965, Jean-Luc Godard

Finalmente, para finalizar o texto que já se tornou por demais extenso, o V Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual não só merece o título de maior evento cinematográfico da Bahia como deveria ser considerado um dos eventos envolvendo a sétima arte mais importantes do país.
Ainda assim, mesmo tendo obtido sucesso na última edição e nas edições anteriores, o seu organizador, Walter Lima, cogitou a possibilidade de não existir uma sexta edição devido a falta de reconhecimento partindo das instituições oficiais.
Nesse caso, só nos resta torcer por uma maior sensibilização das instituições e esperar ansiosos para ver se o evento irá se realizar em 2010. Mas, de antemão, posso dizer que no dia 01 de Agosto, durante o encerramento do Seminário no Teatro Castro Alves, já ouvi falarem em sexta edição.

Isso nós veremos (ou não) no ano que vem. Por hora sejamos apenas positivos!


#DICA: quem tiver interesse deveria ver "Pierrot Le Fou". De Godard foi o meu favorito. O filme é definitivamente uma obra de arte.

*http://www.seminariodecinema.com.br/


Por Gabriella Rocha


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Origem do ovo de Páscoa

Relação professor-aluno


prof: tudo que termina em "ina" vocês gostam.

aluno1: colé, professor, que mole...

prof: não foi isso que eu quis dizer!

aluno2: menina... latrina....

prof: eu tava falando de cafeína....