Tentei realmente fugir da aparência do demônio, mas ele me perseguiu até a Igreja, mas por incrível que pareça através das decepções e desapontamentos que sofri cedendo as “tentações” constatei definitivamente que as aparências enganam, e como!
* * *
Certa manhã de Domingo, após a missa o padre José Bento me chamou para uma conversa em particular:
__ Como é que vai Aurélio?
__ Vou bem padre, mas qual é realmente o assunto da conversa?
__ Calma filho, não é nada para se preocupar, pelo menos não muito.
__ Que bom padre! Mas mesmo assim não posso demorar, tenho um almoço de recepção em casa, minha tia chegou ontem de uma longa viagem pela África meridional e nós preparamos uma singela comemoração para ela.
__ Tá filho vou adiantar o assunto; àquele seu vizinho vai participar da obra de restauração do altar e das imagens de toda a paróquia, na realidade ele é o melhor restaurador do país e como nossa Igreja é secular nós o convocamos e estamos como comunidade cristã pagando todas as despesas dele aqui em nossa cidade, confesso que tive vontade de lhe comunicar antes, mas só agora senti em você a segurança necessária para tal. Ah! Ele se chama Adalberto Silva.
Esta notícia me fez ficar por de mais aflito, será que cederia às tentações? Será que jogaria no lixo meses de esforço, dedicação e renúncia? Deus haveria de me ajudar!
* * *
As obras de restauração começaram, admito que foi penoso ver tal homem, negro, forte e misterioso todas as semanas e não poder me deleitar em seus braços, mas próximo da intensificação das obras a Igreja teve que suspender as suas atividades e as missas e reuniões passaram a ocorrerem no Clube dos Católicos Apostólicos Romanos.
* * *
Era um Sábado de tarde, fazia um calor escaldante mesmo com o céu acinzentado, a reunião de oração e ensaio dos coroinhas tinha acabado de encerrar e eu caminhava apressadamente para casa, porém de repente começou a chover e como a porta da paróquia estava aberta, o que me pareceu muito estranho, eu entrei correndo e caminhei até o confessionário e lá me sentei.
Depois de dez minutos de chuva, já estava mais que impaciente, comecei a andar por toda a paróquia que aparentemente estava vazia, quando percebi que a porta do porão estava encostada e que um barulho vinha lá de baixo. Desci lenta e silenciosamente as escadas e quando mais me aproximava, mais o barulho se tornava audível, não pude acreditar no que os meus ouvidos e olhos me mostraram: o padre José Bento transando com o negro! Com o Adalberto!
Continua...
Texto de Romilson Soares
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Castidade: Capítulo 3
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4 comentários:
meldels.
Ao menos o padre era gatinho?!
Estou empolgadíssimo com sua história, não vejo a hora de publicar o próximo capítulo...
Eu não consigo mentir, né?
Droga!
Ao contrário de Rafa, tô afim de saber o final. Tá ficando quente!
A Padre é Chupooooooona!
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