segunda-feira, 22 de junho de 2009

O que história, Filosofia, Gramática e você têm em comum?*



Meu limitado conhecimento sobre a gramática normativa brasileira me gabarita afirmar apenas, sem espaço a equívocos, pouquíssimas coisas. Uma delas é que o verbo é quem dá ação ao sujeito. Esta breve e lógica conclusão me levou a questionar sobre que tipo de ação estamos tomando? Já que somos sujeito, verbo e predicado de nós mesmos.
Precisamos mudar! Só que o verbo MUDAR quando conjugado na primeira pessoa do singular (EU MUDO) penso que além de equivoco gramatical é um crime. Infelizmente é o mais utilizado atualmente por nós em nosso país; fomos e somos condicionados a nos calar, permanecer em silêncio e só emitir qualquer tipo de som para dizer: - sim senhor! O grande problema é que esta mordaça não é sentida por todos. Para senti - la é preciso ser chato, idiota, radical, arrogante, esquisito, libertino, reacionário, exibido, fugir dos inúmeros padrões pré – estabelecidos não se sabe lá por quem. E raríssimas pessoas se atrevem a isto.
As civilizações sempre foram formadas por grupos, facções, segmentos ou tendências que de alguma forma entravam em conflito pelo poder. No medievalismo, este, só era alcançado de forma digna através de títulos de nobreza ou pela força da espada. Com todo aparato tecnológico hoje existente, avançamos radicalmente. E grupos, ainda existentes, não mais se digladiam... Será? A história como conhecemos atualmente, foi, é (espero que isto um dia mude) contada por quem vence.
Em questões religiosas tudo, na maioria das vezes, de cunho satânico é associado a negros ou indígenas; ser bonito é ter cabelo liso, pele branca, macia. Se possível ter olhos claros, “corpinho sarado” e uma conta bancária com muitos dígitos... Tem de ser católico ou evangélico. Não envolver-se com política, espiritismo, islamismos ou candomblé! Será que nossa sociedade evoluiu realmente ou os “grupos elitistas” que venceram ao longo da história, apenas deram uma pincelada superficial de verniz em seus mecanismos de controle?
Usando a gramática como base, é preciso que o sujeito conjugue um verbo de forma diferente e saiba em seu predicado, fazer de si algo melhor. O mundo precisa de mais idiotas, chatos, revolucionários, loucos, estranhos e hereges. Por que serão homens/mulheres com estes honrosos títulos que reinventarão o modo de pensar de nossa época e tirarão nossa civilização desta inércia existencial, consolidando uma evolução ANTROPOCÊNTRICA, onde o homem está no centro sim, mas não seja encarado como mais importante que o cosmo.


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*Texto premiado no 1° Encontro de Estudantes
de Camaçari ocorrido em Março de 2008

2 comentários:

Unknown disse...

é o sonho q n pode morrer, é a luta q n pode cessar,é o suor incandescente da perseguição pela utopia e a auto gestão.
Parabéns pelo texto,sopro de ar fresco pra herege anti todafacçãodagovernamentáriapolíticaereligiosa desse país de tolos aqui.Foi melhor que a marolinha de lula-lá.

Anônimo disse...

Gente vamos parar com essa mania de perseguição! Estamos virando seres esquizofrênicos...está até na moda! Esse papo só funciona na universidade. Qnd saímos lá a realidade é a outra. Esse papinho não enche a barriga de ninguém!Já são séculos q se luta dessa forma e será q não percebemos q em nossa sociedade isso NUNCA funcionou!