Depende do ponto de vista de quem observa. Eu prefiro a linha que preza pelo respeito a particularidade de cada um. Já dizia o dito popular “cada cabeça um mundo”. De fato os calouros ainda não conhecem as estruturas burocráticas, filosóficas, ideológicas etc da universidade; talvez não tenham tempo de saber de todas elas, mesmo quando chegarem a o fim do último semestre. Mas afirmar isto não significa dizer que por conta desta “inexperiência” eles devam seguir cegamente, qualquer que seja, o veterano. Afinal a veteraneidade não tem nada haver com o tempo de universidade que se tem, mas sim com a qualidade teórico - pratica das experiências do individuo ANTES e durante a universidade. Mas como julgar isto? Pela repercussão das conseqüências dos seus atos para a coletividade. Valorar as diversas experiências, sejam elas em qualquer campo da vida, baseado na prepotente certeza de que “contam” ou não para o movimento estudantil ou coisas afins, é um enorme equivoco.
Eu, enquanto estudante de Comunicação Social, não concordo com as cores que estão tentando nos pintar nos bastidores. Não sou um separatista, fazedor de picuinhas, perseguidor ou como dizem alguns apocalípticos... Um dos Futuros responsáveis pelo fim da participação da UNEB no movimento estudantil de comunicação. Aceitaria estes desonrosos títulos, se não suspeitasse que na base deles o que se encontra é, uma tentativa de adivinhação do futuro, regada à pitadas de um receio infantil. Uma pequena olhada para o passado histórico-social do Brasil encontra diversos exemplos, feitos por uma “elite”, na tentativa de projetar o futuro da realidade social. Mas todas elas se mostraram ineficazes. É lógico que não estou insinuando que as críticas devam deixar de ser feitas, elas são necessárias e TODOS, repito... TODOS têm o direito demonstrar suas discordâncias e inquietações sejam elas quais forem! Mas o manual da convivência em grupo pede que isso seja feito com responsabilidade e bom senso, que acredito não ser o caso.
Não “sou o caminho, a verdade e a vida” o que proponho é que este caminho seja repensado de forma coletiva, respeitando as verdades de cada um e colocando em prática aquelas que demonstram trazer maiores benesses aos estudantes do nosso curso. E sobre tudo vivenciar a possibilidade de exercer meu direito de escolha enquanto estudante. E isto ninguém pode me tirar, salvo engano o DOPS!

13 comentários:
O DOPS pode...e outras instituições tentam que é uma beleza..
Mas é bonito ouvir isso!gente, calouro é gente...e algumas vezes, gente muito sabida;)
Emerson é fantástico... os comunicólogos são formadores de opinião, daí a responsabilidade na consrução de uma sociedade mais justa participativa e democrática, fazendo-se valer todas as vozes sociais. Por isso, nada como comunicólogos de bom senso, como meu querido Emerson para fazer a diferença!!!
Brilhante!
eu sou um ignorante mesmo. e ainda sou preguiçoso que não perguntei ao senhor google, mas certo ou errado acredito que a palavra calouro seja derivada de calor. só pode. é vanessa. calouro é gente. e gente com sangue na veia. sangue QUENTE circulando, daí o calor. que circule tambem a informação. parabés pelo blog galera.
eneas andrade.
gostei cara!
pau neles!
apesar do pouco tempo, apesar d não conhecermos todas as estruturas burocráticas, filosóficas, ideológicas da universidade, a mairia de nós, calouros, conseguimos percerber o q está acontecendo ao nosso redor. portanto seguir um veterano só por coleguisse, afinidade ou qualquer q seja o relacionamento, já não nos cabe.
acedito que quando alguns tem o intuito de representar vários, é essencial a transparência, no entanto, ando vendo algumas coisas foscas. =/
Daniela.
Rapaz a babação tá grande mesmo, galera do primeiro semestre, protejam-se, comprem lenços e mascaras cirúgicas.
Emerson.. você foi fantástico! Já passou da hora de nós, RPs da Uneb, começar a traçar novos caminhos. Chega dessa mesmice, vamos renovar. Criticas são bem vindas sim.. deste que elas contribuam para algum crescimento ou amadurecimento de idéias. Chega de intolerância por parte de certos veteranos que acham ter o poder em todas as decisões que dizem respeito ao nosso curso.
Concordo que é bobagem ficar mensurando a veteraneidade por simplesmente tempo de curso, isso é, de fato, querer simplificar demais e excluir pessoas, se impor a partir de critérios como quantos semestres vc já gastou na uneb. Acho importante que todos tenham voz no curso, independentemente de qual semestre esteja (até mesmo no primeiro), caso contrário, a coisa toma uma proporção ditatorial rs a ditadura dos alunos antigos. Mas para isso os alunos calouros precisam se impor e exigir seus direitos estudantis, não baixar a cabeça diante dos experientes, mas respeitá-los e que isso seja recíproco.
Emerson como sempre, com bom texto!
Texto Brilhante!
De fato o poder é algo que sobe a cabeça das pessoas, porém o que me espanta de verdade é como o medo de perder esse poder (mesmo que seja tão pouco) causas efeitos danosos nas pessoas. As pessoas que atualmente estão combalidas por essa doença em nosso curso se orgulham de estar na Universidade à 1.400 semestres (não acho isso muito normal, mas...), e acabam se utilizando disso, dessa suposta experiência, para se manterem como representantes legais e totais dos alunos. Isso já é demaisl. Porém, o sintoma mais grave dessa patologia aparece quando estes indivíduos cospem na bandeira que tanto defendem e acabam "não permitindo" a opinião e o possicionamento contrário do próximo. Espero que de fato agora possamos começar a fazer um curso diferente, com mais diálogo e divergências.
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